Não tem Ctrl+Z. O que fazer com o lixo eletrônico?

Municípios de Camboriú e Balneário Camboriú possuem Ecopontos fixos

O crescimento acelerado das indústrias de tecnologias faz com que os aparelhos eletrônicos fiquem ultrapassados e sejam constantemente trocados por seus usuários. Nos últimos anos, o tempo de vida útil desses bens está cada vez menor e essa rotatividade faz com que a quantidade de lixo cresça paralelamente ao desenvolvimento tecnológico. E você sabe para onde vai esse lixo? O que você faz com os eletrônicos que não quer mais?

Segundo estudo realizado pela Universidade das Nações Unidas em conjunto com a União Internacional das Telecomunicações, em 2017 foram gerados 44,7 milhões de toneladas desse tipo de resíduo no mundo. Ainda de acordo com o estudo, apenas 20% de todo volume gerado é documentado.

A lei federal nº 12.305/2010, conhecida como Política Nacional dos Resíduos Sólidos, estabelece diretrizes para a destinação correta de todo tipo de resíduos sólidos no Brasil. Dentre eles, também está o resíduo eletroeletrônico. De acordo com o programa Logística Reversa, previsto na Lei nº 12.305/2010, os eletrônicos podem ser descartados diretamente no fabricante ou em lojas que vendem seus produtos. Apesar de constar na lei, na prática poucos sabem como se livrar desses materiais.

Atualmente ainda existem poucos pontos de descarte para o lixo eletrônico na região do Vale do Itajaí. Além dos benefícios para o meio ambiente e para a saúde, o descarte correto do material evita o desperdício de recursos e também auxilia na economia. Muitos aparelhos contêm em suas composições ouro, prata, cobre, platina ou outros, e a separação desses materiais também é uma forma de geração renda.

São considerados “lixos eletrônicos”, equipamentos de informática, celulares, baterias, computadores, notebooks, televisores e demais eletrodomésticos. Diferente de outros tipos de lixos, o descarte incorreto desses objetos causa a liberação de substâncias tóxicas, que contaminam o solo e a água, impactando diretamente a fauna, a flora e os seres humanos.

Campanha de coleta em Floripa

Na capital de Santa Catarina, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), recolheu 530kg de lixo eletrônico no último mês de agosto. A iniciativa foi do curso de Ciência da Computação e do Setor de Extensão, na Grande Florianópolis, em parceria com o Comitê de Democratização da Informática (CDI).

A campanha de coleta acontece nas recepções dos campi de Biguaçu, Florianópolis e no bairro Kobrasol, em São José. A iniciativa iniciou em 2016 e já arrecadou, até o momento, quatro toneladas de equipamentos.

Ecopontos em Camboriú e Balneário Camboriú

No Ecoponto de Camboriú, que fica na Rua Rio Pardo, no bairro Rio Pequeno, podem ser destinados, além de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, pneus e materiais recicláveis comuns, como papel, plástico, metal e vidro. “No ano de 2017 foram contabilizados aproximadamente sete mil quilos de descartes eletrônicos. Os números indicam que nesse ano o total vai permanecer nessa mesma média”, informa o Diretor de resíduos sólidos da Fundação Camboriuense de Gestão e Desenvolvimento Sustentável (Fucam), Alexandre de Souza Metsger. Ele conta que atualmente também estão recebendo baterias de celular.

O Ecoponto atende à comunidade de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h

A unidade só não recebe materiais oriundos de construção civil ou radioativos, como pilhas e lâmpadas, que devem ser descartados nos fabricantes. Dois containers formam a base da estrutura do Ecoponto, que conta ainda com um acabamento de madeira. Os materiais são armazenados separadamente e destinados através de parcerias firmadas entre a prefeitura e empresas especializadas em reaproveitamento.
O município de Balneário Camboriú também conta com um Ecoponto fixo de descarte de resíduos eletrônicos na Faculdade Avantis. A ação faz parte do programa Acibalc Eco 2030, organizado pela Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), que pretende incentivar os municípios a darem o destino correto a todo seu lixo até 2030.

Ecoponto localizado na Faculdade Avantis

Segundo o Diretor Executivo da Acibalc, Fernando Assanti, até o mês de agosto foram recolhidas na unidade 2,3 toneladas de lixo eletrônico. Além disso, 195kg de pilhas e 5289 lâmpadas fluorescentes foram descartadas no local.

“Esse é o primeiro ponto fixo de coleta da região, possibilitando que tanto os cidadãos quanto as empresas tenham acesso a um lugar correto para descarte desses materiais, que causam diversos danos ao meio ambiente quando largados em locais impróprios”, declara Assanti. Ele informa que ainda no mês de setembro o Ecoponto deverá ser transferido para a Secretaria do Meio Ambiente de Balneário Camboriú.

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