O papel do jornalista como agente de transformação social a partir da indústria criativa

A indústria criativa não é nova, a ideia já existia pelo fato de que inventar e evoluir produtos é necessário e dependem do intelecto humano. Antigamente, logo no início da era industrial, o objetivo era procurar meios de aumentar a produção, em um tempo menor e com o mínimo de insumos possíveis. 

No entanto, hoje em dia o desafio é maior; o diferencial nos detalhes, no conceito e modelo é algo fundamental que deve ser considerado. Buscar por cada particularidade do produto ou serviço é uma das características dessa indústria. Para discutir a função do jornalista enquanto agente de modificação social através da indústria criativa, é fundamental esclarecer o que de fato ela significa.

O que é a indústria criativa e qual sua importância?

Em um termo geral, indústria criativa se refere a um setor econômico no qual possui o capital intelectual como a principal matéria-prima na produção de bens e serviços. Este setor é composto não apenas por conhecimentos dos recursos humanos de uma empresa, mas também pelas experiências, documentos e internalizados por determinada instituição, por exemplo. 

A indústria criativa é tão importante para o empreendedorismo quanto para a sociedade. No primeiro caso, ela se faz fundamental pelo fato de gerar lucros, promover a imagem e engajar a empresa ou organização à produção e melhorias de produtos ou serviços. Agora para a sociedade, essa indústria traz soluções inovadoras para os problemas do cotidiano, ou seja, ajuda a tornar nossa vida mais fácil, prática e confortável. 

O papel social do jornalista na indústria criativa 

É dever do jornalista esclarecer as informações, não apenas informar. Com a forte demanda de informações, uns dos papéis sociais do jornalista dentro da indústria criativa é interpretá-las. Dessa forma, atribuirão sentidos e precisão na criação de um bem intelectual, fazendo com que o receptor possa refletir e interpretar. 

Apesar do principal elemento do jornalismo ser a informação, se não houver criatividade e o capital intelectual do jornalista, as informações não podem ser transformadas em produtos. A criatividade do comunicador está presente nas manchetes, no design, em materiais de multimídia, como, por exemplo, as ferramentas do site knightlab.

A Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em seu Relatório de Economia Criativa (2010), não classificou o jornalismo, diretamente, como elemento da indústria criativa. Ao invés disso, ela menciona a imprensa, logo, é preciso fazer uma distinção entre esses termos. 

Enquanto a imprensa é o coletivo dos veículos de comunicação que apresentam aquilo que é noticioso, o jornalismo abrange a coleta, pesquisa, investigação e análise de informações para a criação e divulgação do produto jornalístico. Lembrando que tudo aquilo produzido pelo jornalista deve ser pautado nos critérios de noticiabilidade. 

Univali XP Dive: Um mergulho na Indústria Criativa 

No mês de março, a Univali promoveu o evento XP Dive nos campus de Balneário Camboriú, Florianópolis e Itajaí. O evento visa propiciar o debate e o desenvolvimento da Indústria Criativa, na qual está conectada a economia do conhecimento, tecnologia e inovação. Entende-se que o “saber” dentro desta indústria é gerado pelas pessoas e compartilhado com outras, e por estar associado à criatividade e possuir características tecnológicas, o mesmo depende de inovação.

Paulinho Nunes no XP Dive. Foto: Jornalismo, Univali.
Paulinho Nunes no XP Dive. Foto: Jornalismo, Univali.

O evento contou com visitas técnicas (SebraeLab, Acate e Cinclube), mostras cinematográficas (curso de Produção Audiovisual) e mostra de trabalhos dos acadêmicos de comunicação, palestras com profissionais nacionais, premiações do Galo de Ouro, Foca DiCasa e RPContest e hackton com os alunos de comunicação.

Paulo Nunes, que trabalha com RP há mais de 18 anos, já foi colaborador de grandes marcas como Grupo Paquetá, Dumond, Capodarte, entre outras. Ele foi palestrante da Mesa de Discussão: Conexões Criativas e Solidárias, no campus de Itajaí. Paulo falou sobre quais ferramentas podem auxiliar o jornalista a fazer o processo de transformação social na Indústria Criativa.

“In loco, o jornalista deve estar com as marcas desde sua criação e pegar todo o processo. Acho que para eles é até melhor para coletar a fala. Então, por exemplo, no momento que o profissional de jornalismo se comprometer e querer cobrir uma marca In loco, já será um diferencial. Ou seja, sair da zona de conforto”, declarou Paulo Nunes.

O XP Dive reuniu diversos profissionais, professores e alunos do meio de comunicação e viabilizou o debate da Indústria Criativa. O evento se mostrou eficiente na diversificação de informações acerca do conceito e possibilitou que os alunos observassem as práticas e experiências dos profissionais já inseridos no mercado. Através da programação, o “mergulho” dentro dessa indústria mostrou que ela é formada por pessoas capazes de gerar capital econômico através de seus talentos.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.