A Colônia Agrícola Japonesa fornece a merenda escolar duas vezes por semana para mais de 130 escolas e creches do município de Itajaí, que são beneficiada pelo plantio. O transporte e entrega das verduras fica por conta da cooperativa.
No dia 2 de junho de 1972, chegaram em Itajaí os chefes das famílias japonesas que, após um período, se fixariam na Agrovila de Rio Novo. Eles vieram acompanhados do diretor da Japan Migration and Colonization – JAMIC, de Porto Alegre, o Dr. Sassada. Os lotes custavam o mesmo preço, porém tinham cotações diferentes, assim desvalorizava à medida que se distanciam da BR 101, a solução foi sorteá-los entre os colonos.
“Para que famílias brasileiras assimilem os métodos de trabalho dos japoneses, nós reservamos dois lotes para colonos nacionais. E vamos titulá-los a dois candidatos apresentados pela ACARESC. Essa foi uma das recomendações do IRASC, que coincidiu exatamente com o meu ponto de vista”, disse o prefeito na época, Júlio Cesar. Os japoneses da Agrovila vieram do Japão para os arredores de Porto Alegre e depois foram transferidos para Itajaí, dando início assim à Colônia Agrícola Japonesa.
Cada família japonesa recebeu pouco mais de 6 hectares de terras e uma casa de madeira, feita pela prefeitura. Três meses após sua chegada, em parceria com a Celesc, o local possuía luz e força elétrica, e dentro de pouco tempo o reservatório de água tratada estaria abastecendo a agrovila. O japonês é exigente, não basta convidá-lo, é preciso oferecer-lhe condições para que se fixe. Sendo assim, a prefeitura foi além das exigências dadas por cada família. Entregou os terrenos parcialmente destocados, com valas de irrigação feitas. Os lotes foram divididos respectivamente para as seguintes famílias: Lote nº 10 para a família Katsurayama, lote nº 9 para a família Funai, lote nº 8 para a família Sakuragi, lote nº 7 para a família Takahashi e por fim o lote nº 6 também para outra família Takahashi. Atualmente, não há nenhuma família japonesa residindo na colônia.
Caminhando pela rua extensa, é possível ver terrenos com plantações de salsinha, agrião, rúcula, alface e até mesmo mandioca, como na plantação do seu Honório, um senhor de 70 anos que reside na colônia há 35 anos junto com sua esposa e filhos, que o auxiliam na colheita. No terreno, três casas, todas da sua família, onde moram os filhos, a irmã e os netos, algo que se repete em todos os terrenos pela colônia. O agricultor ressalta como foi difícil à colheita diante das terríveis chuvas que inundaram a plantação na década de 80 e também na enchente em 2008 na região. Também dentro da Colônia, se localiza a Cooperar (Cooperativa Rural e Artesanal de Itajaí) que é responsável por fornecer a merenda escolar da rede pública de ensino e já presta esse serviço há 16 anos.
A colônia também revende os produtos para mercados e fazem feiras, mas são poucos, o foco mesmo é a merenda escolar. Na manipulação dos produtos no campo está Cesar Augusto Lana de 28 anos que exerce a função de tesoureiro da cooperativa, e seus pais, José Carlos Lana e Maria Ivone Lana. Na produção conta com um total de 4 funcionários contratados, para embalar e transportar todos os alimentos.
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