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A arte de reciclar marca a edição da The Ocean Race

Arte poluição do mar

A famosa Vila da Regata ficou aberta por 26 dias em Itajaí, em mais uma edição da The Ocean Race. Com uma programação recheada de música, gastronomia, arte e entretenimento para todos os públicos, o grande destaque foi a sustentabilidade. 

A arte de reciclar esteve presente em todos os ambientes, desde o artesanato até os estandes voltados para a sustentabilidade, que faz parte integral de toda a organização da The Ocean Race. O evento busca trazer alternativas mais sustentáveis em todas as áreas. 

Na praça de alimentação, todas as embalagens são recicláveis e os copos são reutilizáveis. 

A comercialização de água não é feita no local, com o obejtivo de evitar o uso de garrafas plásticas, a organização fornece água gratuitamente. Mais de três mil quilos de recicláveis foram coletados durante todo os dias de evento.

A arte de transformar lixo em obras-primas

Tudo pode ser transformado, seja uma latinha de sardinha ou uma concha da praia, tudo depende da visão do artista. 

No estande da Secretaria de Educação de Itajaí, os alunos mostraram como transformar lixo em um carro de simulação 3D e como juntar recicláveis para criar um jardim sensorial. 

Já na exposição “Mar Adentro – Juntos pelos Direitos dos Oceanos”, apostou na imersão do público no ambiente marítimo. Utilizando lixos recolhidos de praias da região, para compor o cenário. 

A entrada da exposição era marcada pelo grande painel do fundo do mar, que foi feito inteiramente com tampinhas de garrafas. Andando pela exposição era possível encontrar águas vivas feitas de garrafas plásticas, e uma onda feita com sacos de lixo.

A artesã Eliete Rodrigues, que estava vendendo seus produtos, contou um pouco do processo de fabricação de algumas de suas peças recicláveis. 

“Uma ideia que eu tive foi reciclar a latinha de sardinha, porque a gente joga tanta coisa no lixo e dá um trabalho tão bonito”, afirma. 

Com ela, latas de sardinhas viram um cenário marítimo, e conchas se tornam tanto “areia” como também uma gruta. “A gente recicla concha lá na praia, lavámos e trituramos para poder utilizar ela aqui”, finaliza a artesã.

O empreendedorismo sustentável 

Artesã mostrando sua arte com sabonetes
Foto: João Krieger

Na feira, a artesã Karla Iara da Silva Bastos apresentou seu trabalho de sabonete sustentável. Karla faz o produto artesanal desde 2019, quando iniciou um projeto em sala de aula com seus alunos na disciplina de zootecnia.

“Eu fiz álcool gel com própolis da abelha sem ferrão. O projeto foi feito com o objetivo dele usar esse própolis com a família. A gente fez a extração do própolis na glicerina e usamos o álcool gel”, conta.

Após este projeto, Karla começou a usar o mel com outros produtos. Ela também fez junto com os alunos um hidratante labial com mel, óleo de abelha e vitamina E.

Quando Karla se aposentou em 2020, uma semana antes do lockdown por conta da pandemia da Covid-19, ela começou a fazer o sabonete com de própolis com mel e usou duas essências. A partir dessas essências, ela passou a misturar com outros derivados. Karla ainda participou de diversos cursos, e desde então, continua realizando o trabalho sustentável. Karla participa do Centro Público de Economia Sustentável (Cepesi) e da Associação dos Artesãos de Itajaí.

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