Home / Meio ambiente / “90% dos incêndios na região são criminosos”, afirma SOS Pantanal

“90% dos incêndios na região são criminosos”, afirma SOS Pantanal

A acadêmica de jornalismo Louise Stefany Polesello conversou com o biólogo do instituto, Gustavo Figueirôa, que relatou as dificuldades enfrentadas no combate aos incêndios na região

O Pantanal vive a maior tragédia ambiental da história. O fogo já atingiu mais de 23 mil km², de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Isso representa 10 vezes a área da vegetação nativa queimada em 18 anos. Entre 2000 e 2018, o IBGE estimou em 2,1 mil km² a área devastada no Pantanal.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, que monitora os incêndios na região desde 1998, indicam que, neste ano, foi registrada a maior quantidade de focos de queimadas desde o início de suas atividades. Segundo números do IBAMA, em 2019, foram 834 focos de calor entre 1º de janeiro e 5 de agosto enquanto no mesmo período de 2020 esse número saltou para 2849 focos para todo o Bioma Pantanal. Isso representa um aumento de 241% de um ano para o outro.

Onça-pintada descansa perto dos focos de incêndio | Foto: Gustavo Figueirôa/SOS Pantanal

Conhecido por ser um grande reservatório de água doce, o Pantanal é a maior planície tropical alagada do planeta. Com uma área total de 195.000 km², cerca de 62% está localizada no Brasil, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e o restante estende-se pelo Paraguai e Bolívia. Essa região abriga rica biodiversidade. Segundo a WWF – Brasil, já foram registradas pelo menos 4.700 espécies, entre plantas e vertebrados. Desse total, há 3.500 espécies de plantas, 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos.

Jacaré carbonizado | Foto: Gustavo Figueirôa/SOS Pantanal

Diante deste cenário, voluntários e ONG’s vão à luta para tentar salvar o Pantanal das chamas. Além de ajudar no combate aos incêndios, as instituições trabalham no resgate de animais, no fornecimento de alimentos e suprimentos, na logística e no monitoramento da área.

Macaco-prego em meio aos incêndios | Foto: Gustavo Figueirôa/SOS Pantanal

Para entender como está sendo esse trabalho na linha de frente, a acadêmica de jornalismo Louise Stefany Polesello entrevistou o biólogo da equipe de comunicação da SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa. A ONG está realizando o monitoramento, documentando e fotografando a área, além de ajudar na logística e com suprimentos, por meio de doações arrecadadas.

Confira a entrevista na íntegra:

Como contribuir com a SOS Pantanal

A SOS Pantanal tem o objetivo de promover o diálogo e a disseminação de informações, alcançando os principais stakeholders – governos, formadores de opinião, empresários, fazendeiros e a população em geral – visando a conservação e o desenvolvimento sustentável do Pantanal. Para saber como ajudar com doações, acesse http://www.sospantanal.org.br/doacoes.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *