Dando início ao ciclo de palestras do Comunicaê, evento organizado pelo Centro Acadêmico Integrado da Comunicação (Caicom), a radialista Nicole Zanon e a repórter Isabela Corrêa falaram um pouco sobre suas experiências enquanto estudantes da Univali e das dificuldades e realizações no trabalho. A palestra foi realizada na sexta-feira à noite, 12, no auditório do bloco F.
As palestrantes são egressas do curso de Jornalismo da Univali. Nicole e Isabela, além de estudarem juntas, também já trabalharam em conjunto na rádio Univali FM.
O ComunicAÊ é um evento que tem o intuito de preparar os acadêmicos de Jornalismo para o mercado de trabalho. O evento iniciou na sexta-feira, 12, segue na segunda-feira, 15, e vai até sexta-feira, 19. A programação conta com jornalistas de diversas áreas da profissão, para que possam passar suas experiências e oferecer dicas aos estudantes.
Radiojornalismo
O primeiro tema abordado foi o radiojornalismo e quem comentou sobre o assunto foi Nicole Zanon, finalista do prêmio ACAERT, Microfone de Ouro de 2022, que premia os melhores profissionais de rádio e TV de Santa Catarina. Nicole concorreu na categoria Melhor Locutora Noticiarista.
A jornalista passou pela rádio Univali FM enquanto ainda era estudante da universidade, já atuou também pela Rádio Cidade, de Brusque, e atualmente é apresentadora de um programa na rádio Massa FM, também de Brusque.
Ela destacou momentos de muita incerteza ainda como estudante. Sem enxergar o potencial que tinha para evoluir, muitas vezes pensou em desistir do curso. A egressa diz que, para superar essa insegurança, precisou da ajuda de um psicólogo e que após um tempo ela entendeu que, se quisesse crescer profissionalmente, não poderia dar ouvidos a tudo que lhe falavam. “Eu pensava muito no julgamento dos outros, e hoje dou risada disso”.
Nicole mencionou que sempre foi muito tímida e que tinha dificuldade de falar com outras pessoas, mas que seu primeiro emprego foi um bom passo para tirar essa timidez e insegurança. “Eu trabalhava de telemarketing, então precisava falar com as pessoas”. Assim, adquiriu experiências após passar por diversos estágios até chegar no rádio.
Amor pelo rádio
Nicole também falou que, mesmo no rádio, é possível ter uma relação de aproximação com os ouvintes. E sobre fazer um programa com a sua cara, com seu jeito, ela diz que já passou o tempo em que se viam os profissionais da rádio como pessoas cultas e que tinham vozes “sedutoras”. “Eu não acho que eu tenho uma voz assim, mas, eu consigo me comunicar”.
Ao final, a radialista disse que está feliz com a função que exerce, mas que não descarta a possibilidade de trabalhar na TV. E disse ainda que, dentro do jornalismo, os profissionais podem se adaptar e transitarem entre as diversas áreas da profissão.
Paixão pelo esporte
A segunda palestra da noite foi dada pela egressa Isabela Corrêa. Ela contou aos presentes sobre sua trajetória até conquistar o lugar que está hoje e ainda deu algumas dicas para quem quer seguir na área do jornalismo esportivo.
A jornalista entrou na faculdade já sabendo o que queria desde criança: trabalhar na TV e com o esporte. Sua paixão sempre foi o futebol. Isabela fez estágio na Rádio Univali FM. Com Nicole, as duas apresentavam um programa de música catarinense. O estágio veio ao final do curso e nesse período conquistou uma vaga para trabalhar na RIC TV, a atual ND TV.
Ela foi contratada para dois meses de experiência, mas acabou ficando por mais um ano. Nesta ocasião, aprendeu muitas coisas sobre o telejornalismo. Ela cobria diferentes pautas e destacou que as pautas comunitárias, como desastres de enxurradas, sempre foram muito difíceis de se fazer, por causa da comoção que trazia às pessoas.
Isabela aproveitou cada oportunidade dentro da emissora, mas acabou sendo desligada com a chegada da pandemia.
Virada de chave
Em março do ano passado, então, começou a trabalhar na NSC de Blumenau e ficou na afiliada da rede Globo até dezembro de 2021, quando recebeu a oportunidade de ir para Chapecó trabalhar com o que ela tanto sonhava: jornalismo esportivo na TV. Hoje, Isabela trabalha na NSC TV de Chapecó, sendo setorista da Chapecoense, repórter do GE e também tem participações no Sportv.
Dificuldades da área
Isabela comentou sobre as dificuldades que passou trabalhando no ambiente esportivo. A egressa encontrou, além do assédio, insegurança e discriminação por parte dos próprios colegas de profissão. Mesmo com todos esses problemas, ela afirma que as dificuldades nos ajudam a crescer como profissionais e que as críticas também são importantes. “Momentos difíceis sempre vão existir, mas se é o que queremos fazer, valerá a pena”. Ela ainda enfatiza que devemos saber quem ouvir. “Escolham as pessoas que vocês ouvirão, ouçam pessoas que te apoiam e que te amam”.
Isabela diz que busca sempre se divertir e aproveitar os momentos durante todo o período. Como repórter, ela sente que está onde nasceu para estar, e ainda deixa o incentivo para os estudantes do curso: “ Todo sacrifício valerá a pena”.
Para assistir às palestras e garantir horas complementares, basta se inscrever no site do Elis clicando aqui.